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Brasil é um dos maiores geradores de emprego no segmento de energias renováveis

O Brasil emprega mais de 1,2 milhão de trabalhadores no setor de energias renováveis, conforme aponta levantamento da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). O setor é um motor de empregos e colocou o país em segundo lugar no número de empregos ligados às energias renováveis, ficando apenas atrás da China. O Brasil tem disponibilizado vagas em segmentos relacionados às áreas de biocombustíveis, energia eólica e energia solar, além de biomassa e biogás. O país possui, desde 2018, o maior volume de empregos em energia renovável em toda a América Latina e um dos maiores geradores mundiais de empregos neste setor.

Embora os setores de biocombustível e hidrelétricas ainda detenham as maiores fatias do mercado de trabalho, o rápido crescimento recente das energias renováveis –especialmente solar e eólica – tem atraído para elas uma significativa parcela da mão-de-obra qualificada. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), o setor de energia fotovoltaica já gerou mais de 450.000 empregos desde 2012.

Os dados demonstram, ainda, que as oportunidades são cada vez maiores, de modo a confirmar o forte trabalho realizado pelo país nesta área. E as perspectivas para os próximos anos também são promissoras.

Um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que 241 grandes usinas solares e parques eólicos devem entrar em operação comercial no Brasil até janeiro de 2026, injetando quase 6 mil megawatts de potência no sistema elétrico, o equivalente a quase metade da capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Os dados são de projetos já contratados em leilões de energia nova realizados nos últimos anos pela própria CCEE e pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. O investimento destinado à construção desses empreendimentos é da ordem de R$ 34 bilhões e será aplicado por empresas que têm apostado cada vez mais no potencial de geração de energia renovável do Brasil. A maioria dos empreendimentos será construída na região Nordeste.

Outra importante área que desponta são as usinas eólicas offshore (em alto-mar), com o Ceará já concentrando em torno de 20% de todos os projetos desse tipo de usinas para a produção de energia no Brasil.

Caso saiam do papel no futuro, esses megaempreendimentos somariam a impressionante potência total de 26 GW (Gigawatts), conforme dados do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), órgão ao qual os licenciamentos ambientais estão submetidos.

São 11 projetos no Ceará para diferentes locais, como Camocim, Caucaia, Morro Branco, entre outros. Em potência, o maior é o Alpha, com previsão de 6 GW.

O potencial de geração de empregos nessas usinas bilionárias é imenso. Normalmente, a quantidade de empregos criados nos projetos eólicos offshore é entre 10 e 15 mil empregos por GW. Se considerarmos apenas 10% dos projetos, teríamos mais de 25.000 empregos criados.

A maior parte das vagas serão para a construção dos parques em alto-mar, além do surgimento de empregos em engenharia no desenvolvimento dos projetos, administração e direito para a elaboração de contratos e modelos de negócios, nas escolas e universidades para a capacitação de profissionais, na operação e manutenção de equipamentos, entre outros.

No entanto, a realização do potencial de empregos no setor de energias renováveis, em geral, dependerá de políticas ambiciosas para estimular a transição energética das próximas décadas. Além da implantação, qualificação e integração de políticas para o setor.

A Mútua, como a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, além de atender aos profissionais com recursos para fomentar a carreira e o desenvolvimento, tem projetos para ampliar sua atuação e oferecer mecanismos para que os engenheiros, agrônomos, geólogos, geógrafos e meteorologistas possam se qualificar e aproveitar as oportunidades que despontam no mercado de trabalho, como nesta área de energias renováveis.

Ainda sobre Energias Renováveis: benefício Mútua

Um benefício para aquisição de equipamentos utilizados em instalações de energia renováveis ou ecologicamente corretas é disponibilizado aos profissionais associados à Caixa de Assistência. O associado contribuinte pode utilizar recursos para custeio de despesas com o desenvolvimento do uso de energia renovável (solar, eólica, biomassa, biodigestor e outras), aquisição de tecnologias, equipamentos e serviços dessa natureza, em estabelecimentos cujas atividades profissionais são desenvolvidas.

Alline Abreu – Comunicação Mútua