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Associada de cidade afetada pelas enchentes no RS fala sobre a luta para reconstruir a vida e como auxílio da Mútua tem ajudado

Com uma incrível força e resiliência, a engenheira civil Cláudia Diehl agora pode contar um pouco como sua vida e a de milhares de outros moradores de cerca de 100 cidades do Rio Grande do Sul foram totalmente impactadas pelas chuvas fortes e enchentes que assolaram o estado, no mês passado.

As terríveis lembranças da tragédia e da perda de amigos e entes queridos, sem dúvida, jamais se apagarão da memória de quem viveu uma situação como esta. As perdas materiais, também muito sofridas, aos poucos as famílias tentam superar.

“Foi muito triste e assustador ver grande parte do bairro (cerca de 70%) embaixo da água. A correnteza era muito forte, levando construções inteiras embora, pessoas nos telhados das suas casas pedindo socorro e os barcos não conseguindo chegar perto para salvá-las, em função da força das águas. Como moramos na última edificação atingida da rua, as pessoas se juntaram próximo a esse local. Vivenciamos o sofrimento das pessoas desesperadas querendo que os barcos viessem para o resgate de quem ainda estava na parte mais alagada ou para tentar conseguir notícias, pois não se tinha contato com quem estava nessa região”, conta a engenheira civil, que é moradora da cidade de Estrela, no Vale do Taquari, região muito atingida pelos temporais no início de setembro.

As informações dão conta de que 65% do município foi afetado pela inundação e, entre os locais de Estrela mais atingidos, estão o Bairro das Indústrias e Moinhos, sendo o primeiro onde Cláudia, seu casal de filhos e seu marido residem e onde também estão localizadas as empresas da família. “Moro em um apartamento no prédio onde fica minha loja de materiais de construção e ao lado dessa loja fica minha indústria de artefatos de cimento, sendo que ambas foram atingidas pela água”, lamenta a profissional.

Ela lembra que quando a água baixou, as cenas vistas passaram a ser piores ainda. “A impressão era de uma verdadeira ‘zona de guerra’ com barro, escombros das casas, cercas e muros, carros para todos os lados, animais mortos, enfim. Não tinha como não se sensibilizar com a situação e arregaçar as mangas para ajudar, seja na limpeza, na distribuição de comida e água, na compaixão. Embora eu tenha sido atingida diretamente, as minhas perdas iniciais não foram significativas diante o que muitos haviam perdido”, consterna-se.

Pelas três semanas seguintes, Cláudia se dedicou a trabalhos sociais na associação do bairro para atendimento das famílias afetadas e, ainda hoje, busca auxiliar as pessoas, que de alguma forma estão retomando suas vidas. “Minha indústria ficou mais de duas semanas sem produzir, porque tivemos que desmontar as máquinas que ficaram embaixo da água e isso só começou a ser feito depois de alguns dias do acontecido, mesmo porque vários dos funcionários foram atingidos pelas cheias, logo não puderam comparecer ao trabalho. A loja retornou depois de uma semana fechada”, explica.

Diante de toda essa tragédia, a engenheira civil, que é associada da Mútua já há muitos anos, lembrou-se de uma apresentação que havia assistido em um congresso da área, no ano passado, onde conheceu um pouco mais sobre os benefícios que os profissionais do Crea possuem como associados da Caixa de Assistência, entre eles o Auxílio Pecuniário. A linha assistencial, que não necessita de reembolso por parte do associado, tem entre suas finalidades o amparo a associados moradores de locais atingidos por catástrofes e fenômenos da natureza e que, devido a isso, estão passando por dificuldades financeiras.

O presidente em exercício da Mútua, engenheiro civil Carlos Vilhena, explica que desde o início da atual gestão da Diretoria Executiva, os diretores estão comprometidos em trazer novos benefícios e, principalmente, em aprimorar os existentes, respondendo aos anseios dos associados. “Fazer da Mútua uma entidade acolhedora e presente na vida do profissional, através de benefícios reembolsáveis acessíveis e benefícios sociais diferenciados são nossos objetivos. Foi assim que conseguimos adequar benefícios já existentes às necessidades de nossos colegas, benefícios destinados a situações de catástrofe, como está acontecendo nos estados do sul, ou como o PIM – Programa de Inclusão Mútua para atender a colegas e seus dependentes, entre outros”, cita ele.

Esse acolhimento é uma realidade, conforme destaca Cláudia, comprovando que o auxílio da Mútua, neste momento, é de grande relevância para ela e sua família. “Solicitei o Auxílio Pecuniário justamente porque minha renda ficou comprometida com a paralização das empresas e por meu trabalho como engenheira ter sido suspenso por ter ficado envolvida nos trabalhos sociais. Além disso, vários trabalhos como perita judicial foram adiados em virtude do acontecido. Embora tenha já retomado as atividades, as vendas e pagamentos dos clientes das empresas foram afetados, pois as pessoas, embora precisem reconstruir ou reformar suas casas (com materiais de construção), têm como prioridade se reestruturar, uma vez que perderam tudo que tinham. Vários clientes do segmento pessoa jurídica, por terem suas empresas atingidas pelas cheias, também solicitaram ampliação de prazos para pagamento do que já haviam adquirido”, conta ela.

Diante das dificuldades ter apoio é fundamental. “Temos consciência de que a reconstrução da nossa cidade e do Vale do Taquari não será uma tarefa fácil e que os dias de luta terão que continuar até que tudo esteja restabelecido”, conclui a engenheira civil.

O papel da Mútua na vida do profissional do Crea e para sua família fica ainda mais evidente em situações como esta que Cláudia está passado. É o acolhimento da Caixa de Assistência a um profissional associado.

Para saber mais sobre o Auxílio Pecuniário, acesse: https://www.mutua.com.br/beneficios/pecuniario/

 

Alline Abreu – ASCOM/Mútua

Fotos: Arquivo pessoal