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Soea Connect: Painel debate a responsabilidade social do Sistema

O presidente da Mútua, engenheiro agrônomo Francisco Almeida, foi o moderador do debate e o gerente geral da Mútua, engenheiro civil Marcelo Linguitte, falou sobre o papel do Sistema e da Engenharia em promover mudanças sociais

Participação do presidente da Mútua, eng. agron. Francisco Almeida, aconteceu de forma virtual pela plataforma do evento

Um dos painéis da tarde desta quinta-feira (16) na Soea Connect abordou a “Responsabilidade Social do Sistema Confea/Crea e Mútua”, tendo como moderador o presidente da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, o engenheiro agrônomo Francisco Almeida.

Conforme o presidente destacou, as Engenharias, a Agronomia e as Geociências têm grande importância para sociedade, citando a Lei 5.194. “As profissões de engenheiro, agrônomo e arquiteto são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano. Vejam que há 55 anos a visão holística do legislador, já pensando intrinsicamente no desenvolvimento no desenvolvimento que é o objetivo maior das nossas profissões”, afirmou.

Francisco Almeida lembrou que entre todas as áreas de conhecimento e ação humanas, talvez as Engenharias sejam aquelas que mais capacidade têm de possibilitar às pessoas, agora e futuramente, atingir um nível satisfatório de desenvolvimento socioeconômico. “Sempre buscando fazer uso razoável dos recursos naturais, de forma a não esgotá-los para que as próximas gerações também tenham condições de usufruir do que nós usufruímos hoje”, ponderou.

Pensando a área tecnológica e o Sistema Confea/Crea e Mútua de forma mais ampla, o presidente da Caixa de Assistência sugeriu a criação de um programa com o mote “Engenharia Sem Fronteiras” (fazendo um link com o programa Médicos Sem Fronteiras), no sentido de mostrar e levar para sociedade a atividade do engenheiro, não apenas divulgar os aspectos da profissão. As ponderações de Francisco Almeida abriram os debates do painel.

Painelistas de renome

Três painelistas de renome discorreram sobre a temática proposta: Pierre Lucena, diretor-presidente do Porto Digital – que abriga hoje 300 empresas e instituições dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa (EC) e Tecnologias Para Cidades; Renata Ruggiero, diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade, criado pela Iguá Saneamento, atuando através de parcerias com outras empresas, organizações sociais e investidores que compartilham de um propósito comum; e Marcelo Linguitte, gerente geral da Mútua Nacional e ex-diretor de Operações Parcerias e Mobilizações de Recursos da Rede Brasil do Pacto Global, programa de sustentabilidade da ONU com uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.

Diretor da Sede da Mútua, em Brasília, Marcelo Linguitte integrou o painel sobre responsabilidade social

O diretor do Porto Digital iniciou sua explanação relatando o cenário do mercado de trabalho geral e para a Engenharia. Para ele, a chamada “digieconomia” resultou em um desarranjo estrutural, haja vista que muitos profissionais qualificados estão atuando em funções ligadas a aplicativos, por exemplo. Ainda em sua percepção, o Sistema Confea/Crea e Mútua pode buscar soluções para auxiliar os profissionais nesse âmbito, principalmente a Mútua.

Uma das saídas, disse Pierre Lucena, seria a conversão profissional, ou seja, aproveitar a formação dos engenheiros que já tem uma base de exatas para qualifica-los para a área de TI, em programação. “Os cursos de TI formam cerca de 29 mil profissionais por ano. Na contramão disso, o mercado abre 70 mil vagas no setor. O país não tem um programa de conversão profissional. Não resolveremos o problema do país formando pessoas em áreas erradas. A melhor política social é um emprego”, concluiu ele.

Na sequência, Renata Ruggiero deu sua contribuição nesta discussão com enfoque na questão do saneamento básico. A presidente do Instituto Iguá trouxe alguns dados alarmantes: 35 milhões de brasileiros não têm acesso à agua potável, o que representa 17% da população; e 52% dos lares no país não têm coleta e tratamento de esgoto. “Saneamento básico é um tema que tem reflexo sistêmico em áreas muito importantes, como saúde, educação, economia e no âmbito social”, explicou.

Ruggiero disse ainda que este não é uma problemática fácil de resolver, mas que iniciativas como a do Iguá representam uma boa contribuição. “Trabalhamos de forma coletiva, com parcerias, pensando e agindo para promoção de avanços sistêmicos”, indicou ela para que sirva de exemplo para o Sistema Confea/Crea e Mútua.

Fechando a participação dos painelistas, o gerente geral da Mútua e ex-diretor da Rede Brasil do Pacto Global discorreu acerca da engenharia no âmbito social e da sustentabilidade. Refletindo sobre a pobreza e a fome no país, Linguitte disse que essa é uma responsabilidade muito grande, tanto na esfera externa, quanto para os mais de 1 milhão de profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua na busca a entrega de soluções para essa lacuna social.

Também falou um pouco sobre o Pacto Global. Em sua análise, infelizmente, apenas o ODS número 7, ligado à energia acessível e limpa, tem mais chance de prosperar. “Para os demais, precisaremos de grandes esforços, será um desafio muito grande e as Engenharias, a Agronomia e as Geociências têm enorme preponderância nisso”, destacou.

O gerente geral da Mútua ainda fez colocações importantes sobre o posicionamento e o perfil das organizações que assumem esse papel de integrantes da sociedade, que se preocupam com as questões socioambientais. No tocante ao ordenamento profissional da Engenharia, ele avaliou que o Sistema, aos poucos, tem trabalhado nesse sentido. “O Sistema tem começado a mostrar sua relevância para a sociedade, não só a técnica, mas, também, como está presente no dia a dia das pessoas e levantando temas inclusivos, como a questão das mulheres, dos negros, da diversidade e da responsabilidade social”, afirmou.

Nesse mesmo contexto, concluiu Linguitte, que a Mútua pretende trabalhar, pretender “ser” e “interser” – o meu ser participa do seu ser e de todos os seres -, viver em função da sociedade e dos profissionais do Sistema.

Um dos painéis da tarde desta quinta-feira (16) na Soea Connect abordou a “Responsabilidade Social do Sistema Confea/Crea e Mútua”, tendo como moderador o presidente da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, o engenheiro agrônomo Francisco Almeida.

Conforme o presidente destacou, as Engenharias, a Agronomia e as Geociências têm grande importância para sociedade, citando a Lei 5.194. “As profissões de engenheiro, agrônomo e arquiteto são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano. Vejam que há 55 anos a visão holística do legislador, já pensando intrinsicamente no desenvolvimento no desenvolvimento que é o objetivo maior das nossas profissões”, afirmou.

Francisco Almeida lembrou que entre todas as áreas de conhecimento e ação humanas, talvez as Engenharias sejam aquelas que mais capacidade têm de possibilitar às pessoas, agora e futuramente, atingir um nível satisfatório de desenvolvimento socioeconômico. “Sempre buscando fazer uso razoável dos recursos naturais, de forma a não esgotá-los para que as próximas gerações também tenham condições de usufruir do que nós usufruímos hoje”, ponderou.

Pensando a área tecnológica e o Sistema Confea/Crea e Mútua de forma mais ampla, o presidente da Caixa de Assistência sugeriu a criação de um programa com o mote “Engenharia Sem Fronteiras” (fazendo um link com o programa Médicos Sem Fronteiras), no sentido de mostrar e levar para sociedade a atividade do engenheiro, não apenas divulgar os aspectos da profissão. As ponderações de Francisco Almeida abriram os debates do painel.

Painelistas de renome

Três painelistas de renome discorreram sobre a temática proposta: Pierre Lucena, diretor-presidente do Porto Digital – que abriga hoje 300 empresas e instituições dos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa (EC) e Tecnologias Para Cidades; Renata Ruggiero, diretora-presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade, criado pela Iguá Saneamento, atuando através de parcerias com outras empresas, organizações sociais e investidores que compartilham de um propósito comum; e Marcelo Linguitte, gerente geral da Mútua Nacional e ex-diretor de Operações Parcerias e Mobilizações de Recursos da Rede Brasil do Pacto Global, programa de sustentabilidade da ONU com uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.

O diretor do Porto Digital iniciou sua explanação relatando o cenário do mercado de trabalho geral e para a Engenharia. Para ele, a chamada “digieconomia” resultou em um desarranjo estrutural, haja vista que muitos profissionais qualificados estão atuando em funções ligadas a aplicativos, por exemplo. Ainda em sua percepção, o Sistema Confea/Crea e Mútua pode buscar soluções para auxiliar os profissionais nesse âmbito, principalmente a Mútua.

Uma das saídas, disse Pierre Lucena, seria a conversão profissional, ou seja, aproveitar a formação dos engenheiros que já tem uma base de exatas para qualifica-los para a área de TI, em programação. “Os cursos de TI formam cerca de 29 mil profissionais por ano. Na contramão disso, o mercado abre 70 mil vagas no setor. O país não tem um programa de conversão profissional. Não resolveremos o problema do país formando pessoas em áreas erradas. A melhor política social é um emprego”, concluiu ele.

Na sequência, Renata Ruggiero deu sua contribuição nesta discussão com enfoque na questão do saneamento básico. A presidente do Instituto Iguá trouxe alguns dados alarmantes: 35 milhões de brasileiros não têm acesso à agua potável, o que representa 17% da população; e 52% dos lares no país não têm coleta e tratamento de esgoto. “Saneamento básico é um tema que tem reflexo sistêmico em áreas muito importantes, como saúde, educação, economia e no âmbito social”, explicou.

Ruggiero disse ainda que este não é uma problemática fácil de resolve, mas que iniciativas como a do Iguá são uma das melhores saídas. “Trabalhamos de forma coletiva, com parcerias, pensando e agindo para promoção de avanços sistêmicos”, indicou ela para que sirva de exemplo para o Sistema Confea/Crea e Mútua.

Fechando a participação dos painelistas, o gerente geral da Mútua e ex-diretor da Rede Brasil do Pacto Global discorreu acerca da engenharia no âmbito social e da sustentabilidade. Refletindo sobre a pobreza e a fome no país, Linguitte disse que essa é uma responsabilidade muito grande, tanto na esfera externa, quanto para os mais de 1 milhão de profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua na busca a entrega de soluções para essa lacuna social.

Também falou um pouco sobre o Pacto Global. Em sua análise, infelizmente, apenas o ODS número 7, ligado à energia acessível e limpa, tem mais chance de prosperar. “Para os demais, precisaremos de grandes esforços, será um desafio muito grande e as Engenharias, a Agronomia e as Geociências têm enorme preponderância nisso”, destacou.

O gerente geral da Mútua ainda fez colocações importantes sobre o posicionamento e o perfil das organizações que assumem esse papel de integrantes da sociedade, que se preocupam com as questões socioambientais. No tocante ao ordenamento profissional da Engenharia, ele avaliou que o Sistema, aos poucos, tem trabalhado nesse sentido. “O Sistema tem começado a mostrar sua relevância para a sociedade, não só a técnica, mas, também, como está presente no dia a dia das pessoas e levantando temas inclusivos, como a questão das mulheres, dos negros, da diversidade e da responsabilidade social”, afirmou.

Nesse mesmo contexto, concluiu Linguitte, a Mútua pretende trabalhar, pretender “ser”, “interser” – o meu ser participa do seu ser e de todos os seres -, e viver em função da sociedade e dos profissionais do Sistema.

Fonte e fotos: Gecom/Mútua