A Diretoria Executiva da Mútua convidou os Conselheiros Federais para uma apresentação da publicação “O Futuro das Engenharias no Brasil”, patrocinada e coordenada pela Mútua. A apresentação e os debates aconteceram na sede da Caixa de Assistência, em Brasília, na tarde da terça-feira, 17 de outubro.

Recebidos pelo presidente em exercício, eng. civil Carlos Vilhena, pela diretora administrativa, eng. agrônoma Giucelia Figueiredo, pelo diretor de tecnologia, Geólogo Waldir Costa Filho e, remotamente, pelo diretor financeiro, eng. agrônomo Arício Resende, o encontro contou com a participação dos seguintes integrantes do Plenário do Confea: eng. mecânico Aysson Rosas Filho, eng. agrônomo Cândido Carnaúba Mota, eng. agrônomo Francisco Lira, eng. agrônomo Luiz Claudio Ziulkoski, eng. eletricista Marcos da Silva Drago, geólogo Mário Cavalcanti, eng. mecânica Michele Costa Ramos e eng. eletricista Sérgio Maurício Mendonça Cardoso.

O Futuro das Engenharias no Brasil
Além de representar uma visita institucional, o momento da Direx com os conselheiros teve como finalidade a apresentação do relatório produzido pela Mútua “O Futuro das Engenharias no Brasil”, um importante e inovador estudo sobre o perfil sociodemográfico dos profissionais do Sistema, bem como uma análise das perspectivas de inserção no mercado das áreas das Engenharias, da Agronomia e das Geociências, e o mapeamento de tendências, sobre impactos do contexto contemporâneo e das oportunidades para as nossas profissões.

“Queremos apresentar esse material que nos traz importantes dados que podem nortear novas ações e projetos em prol dos profissionais do Sistema. Considerando que a Mútua é o braço assistencial, acreditamos que através dela podemos fazer muitas coisas e, quando falo Mútua, quero dizer o Sistema Confea/Crea e Mútua, por meio da Caixa de Assistência. Podemos contribuir muito de diversas formas, como na formação continuada, no incentivo a startups, à inovação e ao empreendedorismo”, explicou o presidente em exercício da Mútua, Calor Vilhena, ao abrir a reunião.

O detalhamento do relatório foi feito pelo gerente geral da Mútua, eng. civil Marcelo Linguitte, que apontou os principais resultados do estudo e o panorama atual das profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea e Mútua. Conforme dados da publicação, o Brasil, em 2019, possuía 1.196.025 profissionais registrados nos 27 Creas, sendo 20,5% mulheres e 79,5% homens, com prevalência entre 25 e 45 anos, e concentrados principalmente nas regiões sudeste e sul (78,1%).

A relação existente entre a qualidade do ensino e da formação e os números de registros de novos profissionais também foi um tópico abordado na explanação. “Listamos os desafios para o ensino nas engenharias, e vemos a necessidade de ações para intensificar o interesse de vestibulandos pelas nossas profissões e sua contribuição para o Desenvolvimento Sustentável do país. Além disso, é necessário fomentar e apoiar a ampliação da qualidade na formação técnica das profissões, associando o necessário perfil tecnicista com um currículo que desenvolva competências transversais, como o empreendedorismo”, sublinhou Marcelo Linguitte.

Neste ponto, o diretor de Tecnologia, Waldir Duarte, fez uma conexão entre o boom dos cursos EAD e a queda no número de profissionais formados que se registram nos Creas. Para ele, essa é uma análise importante a ser desenvolvida.

O relatório ainda apresenta dados sobre a atuação dos profissionais, mostrando as funções ocupadas pelos engenheiros, em que temos três grandes nichos: funcionários, empreendedores e outros (profissionais sobre os quais não há informações precisas).
Os conselheiros teceram comentários bastante relevantes, levantando pontos do relatório que se destacam, tais como a pejotizacao dos profissionais, novos cursos de formação da área e tendências de mercado.

Ao final da reunião, a diretora administrativa Giucelia Figueiredo destacou que os profissionais querem mais dos Creas, do Confea e da Mútua. “Temos aqui um olhar sobre isso, sobre como podemos ir além, trazendo questões muito importantes e atuais, como empreendedorismo, cidades inteligentes e sustentabilidade”, afirmou ela.

O presidente Vilhena agradeceu a presença dos conselheiros, reafirmando que a Mútua está sempre à disposição do Confea para ajudar a levar melhorias e benefícios aos profissionais do Sistema. “Nosso objetivo é sempre contribuir e atender nossos profissionais. Estamos aquém dos anseios dos nossos profissionais e da sociedade e vemos iniciativas partindo de outras instituições. Podemos ter programas de formação continuada voltada à inovação e ao empreendedorismo, por exemplo, ou quem sabe a Mútua não possa criar linhas de fomento?”, ponderou Carlos Vilhena.

 

Fonte e fotos: Alline Abreu – ASCOM/Mútua