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Profissional, você está capacitado para usar a tecnologia BIM?

A Modelagem da Informação da Construção (BIM) já é uma realidade e visa melhor as interfaces entre os diversos atores envolvidos (empresas, profissionais e órgãos reguladores), ampliando a qualidade e a eficácia do controle dos múltiplos processos

BIM pode ser definido como o conjunto de tecnologias e processos integrados que permite a criação, a utilização e a atualização de modelos digitais de uma construção O modelo é utilizado para demonstrar todo o ciclo de vida da construção, incluindo os processos construtivos e fases de instalação, e para fornecer informações sobre qualidade e quantidades de materiais, segurança, custos, prazos de construção, eficiência energética e periodicidade de manutenções preventivas.

Sua utilização eleva o nível de confiabilidade dos projetos e processos de planejamento e controle de obras, gerando aumento da produtividade e economicidade, além de resultar em diminuição de custos e de riscos relacionados a construção de edificações e infraestrutura. Esse modelo tem se consolidado mundialmente como um novo paradigma no desenvolvimento de projetos e na gestão e manutenção de obras.

O Governo Federal, com o intuito de promover a modernização e a transformação digital da construção, criou em junho de 2017 o Comitê Estratégico de Implementação do BIM para formular uma estratégia que pudesse alinhar as ações e iniciativas do setor público e do privado, impulsionar a utilização do BIM no país, promover as mudanças necessárias e garantir um ambiente adequado para seu uso.

Com a expedição do Decreto nº 10.306, de 2 de abril de 2020, fixou três fases para a consolidação do uso da tecnologia no país:  primeira fase, iniciada em 2021, aborda o desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia, referentes a construções novas, ampliações ou reabilitações, nas áreas de estrutura, hidráulica, aquecimento, ventilação e ar-condicionado e ainda na parte elétrica, na detecção de interferências, na extração de quantitativos e na geração de documentação gráfica.

Em uma segunda fase, a partir de janeiro de 2024, o BIM deverá ser utilizado na execução direta ou indireta de projetos e na gestão de obras. E numa terceira fase, em janeiro de 2028, a tecnologia será obrigatória no gerenciamento e a manutenção do empreendimento após a sua construção, cujos projetos e obras tenham sido desenvolvidos ou executados com aplicação do BIM. Além disso, a nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n° 14.133/2021) determina que, sempre que adequada ao objeto da licitação, será preferencialmente adotada a Modelagem BIM.

Diante desse cenário, a Mútua, em parceria com o BIM Fórum Brasil, encabeça um projeto nacional de qualificação e capacitação dos profissionais, subsidiado pela Caixa de Assistência. Cumprindo seu papel de agente transformador do mercado, a instituição do Sistema Confea/Crea, por meio de suas Regionais, dos Creas e de entidades de classe, selecionou profissionais por todo o país e, agora, eles estão participando da Jornada BIM. Composta por três módulos – Imersão BIM, Tecnologias BIM e Piloto BIM – a capacitação trabalha de forma integral para atender as diferentes necessidades de conhecimento e de desenvolvimento de habilidades para os diversos perfis presentes na organização (do estratégico ao operacional).

Alline Abreu – Comunicação Mútua