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Nosso novembro é azul pela saúde do homem

Depois do Outubro Rosa – que é dedicado à prevenção do câncer de mama –, o Novembro Azul vem para conscientizar sobre a saúde masculina. Criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em 2011, a data surgiu para tratar especialmente do câncer de próstata, doença que deve atingir mais de 65 mil homens este ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O câncer de próstata é o tumor mais frequente no homem, excluindo-se o câncer de pele não melanoma e o segundo que mais mata (atrás do câncer de pulmão).

Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, obtidos pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), revelam que de 2019 a 2021 foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. Em 2021, 16.055 homens morreram devido à doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia.
Assim como o câncer de mama, as chances de cura para o de próstata são maiores quando o problema é diagnosticado precocemente. Quando a doença é descoberta em estágio inicial, o paciente tem 90% de chances de cura.

Em média, 75% dos homens diagnosticados com câncer de próstata possuem mais de 65 anos. Contudo, estudos recentes mostraram um aumento de 5% no número de novos casos da doença em homens com idade entre 20 e 49 anos. Por isso, os cuidados devem ser adotados em qualquer idade, como a realização de um checkup anual e, em casos de alteração, uma consulta com o urologista.

Medo de descobrir alguma doença e achar que nunca vai adoecer estão entre as principais razões para o homem se esquivar de ir ao médico. E isso se reflete nas estatísticas: em média, eles vivem 7,5 anos a menos que as mulheres e somente este ano, foram registrados mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por ginecologistas, contra apenas 200 mil atendimentos de homens pelo urologista.

Apesar de poder atingir qualquer homem, os principais fatores de risco da doença são:
– Idade (é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento)
– Histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio;
– Homens de raça negra;
– Obesidade.

A doença em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando eles aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem manifestar dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil, presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.

Para o diagnóstico precoce da doença, a SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar seus exames mais cedo, a partir dos 45 anos.

Mais informações podem ser conferidas no Portal da Urologia, mantido pela Sociedade Brasileira de Urologia.

https://portaldaurologia.org.br/publico/

 

Alline Abreu – ASCOM/Mútua (com informações do Portal da urologia)