Em repúdio aos assédios sexual e moral e à xenofobia sofridos por engenheira na Rede Globo, onde trabalhou entre 2017 e 2018, e que vieram a público nesta segunda-feira (22/05), a Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, manifesta seu desagravo a qualquer tipo de conduta discriminatória e de assédio. A Instituição também se une ao “Movimento Esmeralda”, iniciado após os fatos serem divulgados na Revista Piauí, com a adesão de artistas, jornalistas, técnicos e auxiliares administrativos da emissora carioca, que vestiram a cor verde em apoio à engenheira assediada. Na matéria, a profissional foi identificada com o nome fictício Esmeralda da Silva.
“Precisamos definitivamente reagir, repudiar diante de toda e qualquer manifestação que caracterize assédio, violência ou que atinja a dignidade humana. Além de nos posicionarmos publicamente, temos, que no âmbito das nossas instituições, criar mecanismos, instrumentos que previnam e possibilite que a vítima do assédio e da violência tenha segurança em romper o silêncio e denunciar, basta de SILÊNCIO, NÃO AO ASSÉDIO!”, declara a diretora administrativa da Mútua, engenheira agrônoma Giucelia Figueiredo.
E nesse sentido, de criar instrumentos preventivos e de ação, a Mútua estabeleceu sua Política interna de Combate ao Assédio e à Discriminação e, também, criou Comissão que recebe e apura denúncias dessa natureza.
“Ficam aqui registrados nosso apoio à engenheira Esmeralda e nosso respeito pela coragem de trazer à tona sua denúncia. A dor do próximo, mesmo que este não esteja fisicamente ao nosso lado, é a dor de todos! Com esse sentimento, de toda a categoria da Engenharia, da Agronomia e das Geociências, a Mútua diz NÃO ao assédio e a qualquer tipo de discriminação!”, enfatiza o presidente da Mútua, engenheiro agrônomo Francisco Almeida.
O estabelecimento dos instrumentos e ferramentas antiassédio no âmbito da Mútua foi um marco da atual gestão da Caixa de Assistência. “Como uma caixa de acolhimento e de assistência, essa postura tem início na forma como tratamos nossos colaboradores, oferecendo todas as condições para que eles desenvolvam suas atividades de forma plena e digna. Por isso, criamos a Política e a Comissão de combate ao assédio e à discriminação, para acolher a todos e, principalmente, para ações de prevenção e conscientização”, lembra Francisco Almeida.
Conforme noticiado, a engenheira moveu ação trabalhista contra a Globo por assédio sexual, assédio moral e xenofobia, e ganhou uma indenização no valor de 2 milhões de reais. Ao divulgar o caso, diversas manifestações contra o assédio explodiram na internet e reverberam até em um movimento de apoio composto por artistas, jornalistas, técnicos e auxiliares administrativos, que vestiram a cor verde, nesta segunda-feira, em apoio à Esmeralda.
Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea