Na oportunidade, o presidente em exercício Fernando Dacal falou sobre ART, custeio e inadimplência, entre outros dados
O relatório gerencial da Mútua foi apresentado, na manhã desta quarta-feira (26), na Sessão Plenária do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), em Brasília e por videoconferência. Realizada por Fernando Dacal Reis – diretor de Benefícios, no exercício da Presidência –, com participação do diretor financeiro Ricardo Mello de Araújo, a exposição envolveu dados sobre a receita do primeiro trimestre de 2021, um panorama geral da inadimplência dos últimos 20 anos, além de informações sobre o Pecúlio por Morte, o plano de previdência TecnoPrev e os planos de saúde.
Também marcaram presença na Plenária a diretora administrativa, Giucelia Figueiredo, recém-eleita para a nova gestão 2021-2024, e o diretor de Tecnologia, Cláudio Calheiros.
Fernando Dacal destacou que, no primeiro trimestre deste ano, os gastos de custeio ficaram em 29,7% da receita total. “Nos três primeiros meses de 2021, a receita totalizou R$ 50 milhões, enquanto as despesas chegaram a R$ 14,8 mi. Dessa forma, os gastos ficaram abaixo de 30%”, explicou.
Ao detalhar os dados, o diretor disse que a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) correspondeu a 52% da receita da Mútua, enquanto as anuidades outros 17% e as receitas financeiras, 10%.
Inadimplência
“Como foi solicitado, em plenária anterior, que nós abordássemos com mais detalhe as informações da inadimplência da Mútua, foi solicitada, à Diretoria Financeira, uma estratificação desses dados que nós apresentamos aqui”, informou Dacal.
Desde 2001, foram concedidos mais de 77,2 mil contratos de Benefícios Reembolsáveis, equivalentes a R$ 1,69 bi. Desse total, 53,9 mil contratos foram encerrados – ou R$ 974,7 mi – e outros 23,4 mil estão em vigência – com R$ 721,9 mi em valores não atualizados.
Dos contratos vigentes, 16,6 mil estão adimplentes, ou R$ 287,4 mi. Cerca de 2,3 mil estão em atraso, num total de R$ 38,2 mi. E outros 3,6 mil são considerados inadimplentes, com R$ 78,9 mi.
A chamada “massa podre” (termo do mercado econômico para identificar dívidas com menor possibilidade de recuperação) envolve 837 contratos, equivalentes a R$ 8,2 mi. Desses contratos, 786 foram levados à justiça. “Outros 27 contratos, com dívidas inferiores à R$ 10 mil, não foram levados à justiça, por que são contratos de pequena monta e os gastos com a ação não valem a pena”, justificou o presidente em exercício.
Dacal completou afirmando que “é um compromisso dessa Diretoria entregar um relatório analítico de toda a inadimplência, para que os conselheiros conheçam as informações e tenham acesso à relação de devedores. Até julho, no mais tardar, esperamos passar todas as informações. Cabe explicar, ainda, que, dessa “massa podre”, apenas uma pequena parcela não foi levada à justiça”.
O diretor Financeiro Ricardo Mello de Araújo destacou que a Mútua está fazendo um levantamento rigoroso dos contratos com inadimplência. “Nós queremos saber quem são essas pessoas em dívida, porque elas devem e o que ocorreu com elas. Nosso objetivo é conversar com as Caixas de todo o país, para que seja possível contestar todos os débitos. Mas, antes, precisamos conversar e conhecer esses associados”, defendeu.
Previdência e Pecúlio
O patrimônio líquido do TecnoPrev, em 2021, é de R$ 240 mi, com rentabilidade anual acumulada em 10,53%. Atualmente, são quase 90 mil participantes, com 41 aposentados, 59 pensionistas e quatro associados que solicitaram o pagamento em prestação única, num total de 104 participantes assistidos.
“O Benefício Pecúlio por Morte teve um grande crescimento neste ano, infelizmente, por causa da pandemia. Em 2020 foram 120 famílias assistidas, com R$ 2,3 mi. Este ano, só até maio, foram 98 famílias, assistidas, com R$ 1,9 mi”, lamentou Dacal.
Fonte: Gecom Mútua