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Cris Guerra fala da sua trajetória de força no Dia da Mulher na Mútua

“A dona da história” relatou momentos marcantes de sua vida e destacou que mudar o foco e aproveitar as oportunidades a auxiliou a crescer

Para homenagear as mulheres neste 8 de março, a Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, reuniu seus colaboradores e convidados em um evento híbrido, cujo objetivo principal foi destacar a mulher e suas conquistas. Sob a ótica da “Trajetória de Força”, a palestrante Cris Guerra falou sobre sua vida, lutas, aprendizados e vitórias, fazendo de sua trajetória um exemplo de garra e força da mulher.

Com felicitações às mulheres pela data, a Diretoria Executiva da Mútua, composta pelo engenheiro agrônomo Francisco Almeida, presidente, engenheiro civil Carlos Vilhena, diretor de Benefícios, engenheiro agrônomo Arício Resende, diretor financeiro, engenheira agrônoma Giucelia Figueiredo, diretora administrativa, e o geólogo Waldir Duarte, diretor de Tecnologia, cumprimentou os participantes, tanto os que compareceram presencialmente no auditório da Mútua, em Brasília (DF), quanto aos expectadores que acompanharam de forma online e as autoridades em web conferência. Uma saudação especial foi feita ao presidente do Confea, engenheiro civil Joel Krüger, que participou via web direto da Costa Rica, onde representa o Confea em reunião da Federação Mundial de Organizações de Engenheiros (FMOI).

8 de março: dia de comemoração e de luta

Falas unanimes por mais igualdade, em defesa das mulheres para que elas tenham mais espaço em todos os segmentos da sociedade e pelo fim da violência deram o tom da abertura do evento. O presidente Francisco Almeida pediu a todos os presentes uma salva de palmas em homenagem a todas as mulheres e, em especial, às ucranianas. Após o ato, apenas disse “sem comentários”. Ele referia-se às lamentáveis declarações proferidas por parlamentar brasileiro sobre as mulheres do país europeu que passa por uma terrível guerra.

Falando de iniciativas da Mútua, como um novo benefício social específico para associadas, o presidente ainda destacou a importância de ações que reduzam as discrepâncias. “Precisamos das mulheres cada dia mais presentes em todos os lugares e estamos trabalhando para isso. Um exemplo é o Programa Mulher, do Sistema, e do qual a Mútua faz parte”, citou.

Saiba mais sobre o Programa Mulher.

Trazendo a ótica internacional sobre o tema, o presidente do Confea disse que no evento na Costa Rica já foram realizadas discussões sobre questões relativas às mulheres. “Esse debate também permeia as discussões internacionais e foi um tema que, inclusive, nossa comitiva do Sistema Confea/Crea e Mútua trouxe, para trabalharmos a ampliação da participação da mulher em todos os espaços”, indicou Joel Krüger. O presidente do Confea parabenizou todas as mulheres: “Uma honra participar desse evento, ao lado de grandes mulheres como as diretoras da Mútua Giucelia Figueiredo e Karen Daniela. Citando-as e, ainda minha mãe Ilma Maria, minha filha Giovana e minha noiva Pollyana, parabenizo a todas as mulheres – profissionais do Sistema, colaboradoras da Mútua, do Confea e dos Creas e todas as mulheres da sociedade”.

A caminhada, seja como anônima ou protagonista, legitima as falas das mulheres que pedem por mais equilíbrio. “É um dia para comemorar? Sim! Mas, também, para registrar que temos grandes lutas”, ressaltou a diretora da Mútua Giucelia Figueiredo. Ela comentou, ainda, que o tema nacional do Dia da Mulher 2022 é “Pela vida das mulheres” e definiu como um absurdo que, em pleno século 21, tenhamos que lutar pela vida das mulheres. “Mas a realidade é essa: sofremos violência psicológica, intelectual, entre outras, que resultam na maior violência que é o feminicídio. Estamos aqui, neste momento, e uma mulher está sendo agredida. A cada 10 minutos, uma mulher é assassinada no Brasil pelo simples fato de ser mulher. Esse é um tema que não pertence somente a nós, mulheres, mas, aos homens também. Que saímos daqui com o sentimento de luta e não só de comemoração”, pediu Giucelia.

Neste ano, a representante da Mútua no Comitê Gestor do Programa Mulher do Sistema Confea/Crea e Mútua é a diretora geral da Mútua-BA Karen Daniela. “É uma honra substituir a diretora Giucelia, no Programa, e uma grande responsabilidade”, pontuou. Sobre o Dia da Mulher, Karen Daniela afirmou que a principal mensagem a deixar é de que as mulheres buscam realmente igualdade e equilíbrio. “Não disputamos com os homens. Precisamos apenas de equilíbrio e estar em sintonia com todos. Além disso, os espaços que ocupamos foram conquistados por competência e merecimento, não por sermos mulheres”, disse.

A Mútua ainda recebeu como convidada do evento a presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Goiás (Aeago), a engenheira agrônoma Cristiane Rodrigues, a primeira mulher eleita presidente da Associação. Para ela, além do engajamento por igualdade, o tema deve estar presente entre as famílias. “Sou do campo e meu pai sempre me ensinou a me posicionar. Meu pai me fez uma mulher forte. Da mesma forma que existem mulheres fracas, também existem homens fracos, porque um homem que agride uma mulher ele é um homem fraco. Então, pais, ensinem suas filhas e filhos a serem fortes”, conclamou.

“Hoje temos que pensar que o Dia da Mulher são todos os dias. O 8 de março é uma data simbólica, quando fazemos homenagem singelas”, comentou o diretor de Benefícios da Mútua, Carlos Vilhena, que também lembrou que a Mútua tem atuado cada vez mais para apoiar as mulheres. “Por isso criamos o benefício social de licença maternidade, para ajudar as associadas que, no momento da maternidade, encontram-se sem renda. Essa é a finalidade da Mútua, dar assistência”.

O diretor de Tecnologia Waldir Costa Filho desejou um Dia da Mulher especial para todas, falando que sua vida é permeada por mulheres: esposa, filhas e neta. “Faço de tudo para que elas tenham o melhor e, aqui, na Mútua, que vocês também tenham em mim um amigo”, dirigiu-se ele às mulheres da Instituição.

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Trajetória de força

Na sequência, o presidente da Mútua Francisco Almeida apresentou a palestrante do dia. “Quando pensamos no nome da Cris não pensamos somente nas engenheiras, agrônomas e profissionais das geociências. Tivemos em mente, também, todos os funcionários da Mútua, do Confea e dos Creas, que nos ajudam a transformar esse Sistema, e, ainda, as mulheres dos profissionais. Então, vamos receber essa pessoa diferenciada que tem uma mensagem de otimismo para todos nós”.

Cris Guerra é mineira, tem 51 anos e é uma publicitária premiada e escritora com oito livros publicados. Uma das precursoras da produção de conteúdo digital no Brasil. Colunista da revista Vida Simples e da rádio BandNews FM de BH, comanda o podcast 50 Crises (entre os destaques de 2020 no Spotify Brasil) e reflete sobre temas como autoestima, maternidade, longevidade e saúde mental, entre outros.

Com uma apresentação leve, descontraída e com fortes ensinamentos, Cris Guerra contou um pouco da sua história de vida. “Estou feliz em ver vários homens interessados nesse assunto. Um mundo que defende as mulheres é um mundo melhor”, iniciou assim o bate papo. Em apoio à manifestação em favor das ucranianas, a palestrante comentou que viu uma foto emblemática, que, para ela, é totalmente o oposto da agressão proferida pelo parlamentar brasileiro: Uma foto na Polônia, com vários carrinhos de bebês deixados para que as mães ucranianas que chegassem ao país pudessem carregar seus filhos. “É isso que importa. O apoio, a mutualidade”, fez ela o trocadilho com o nome da Caixa de Assistência.

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“A dona da história”

Relatando acontecimentos desde sua infância e sempre externando como era sua percepção da vida e de tudo a sua volta, Cris Guerra fez um panorama para chegar ao ponto crucial que deu a virada em sua vida. Na verdade, conforme ela destacou, o que mudou foi seu modo de ver os fatos e como é possível aproveitar as oportunidades, até mesmo as mais tristes, como a perda de um ente querido.

“Esperamos para ser feliz, para dizer eu te amo, sem imaginar que a morte pode chegar e não necessariamente ao final da vida, na velhice. A vida não tem controle remoto e vimos isso na pandemia. Eu vi isso quando estava grávida de 7 meses e perdi o pai do meu bebê, meu amor. Temos mania de achar que controlamos tudo e ficamos ligados às coisas que não controlamos. Minha maior lição é ver as coisas de outra forma”, afirmou Cris.

Em meio ao luto, “no momento mais feliz e mais triste de sua vida”, a publicitária encontrou a escritora que residia ali, em seu ímpeto. “Criei o blog ‘Para Francisco’ para escrever cartas para meu filho falando do seu pai e de outras pessoas e acontecimentos do passado. Aprendi muito nesse período, vi pessoas de outros estados e de outros países sendo inspiradas pelas minhas histórias. Escolher como vamos viver nossos lutos – e não estou falando apenas de morte – é muito importante. Todos os dias estamos renascendo porque temos obstáculos todos os dias em nossas vidas”, evidenciou Cris Guerra.

Outro grande momento da publicitária e escritora foi quando lançou seu segundo blog ‘Hoje vou assim”, onde postava fotos dos seus looks. Esse foi o primeiro blog desse nicho no país. Os dois diários online viraram livros e Cris Guerra, desde então, segue sua carreira como produtora de conteúdo digital, colunista e podcaster falando de temas diversos. Mais recentemente, ela estreou como colunista do portal Terra para falar de longevidade.

Alline Abreu e Cristiano Torres

Comunicação e Eventos Mútua

Fotos: Tarcísio Macedo – Comunicação e Eventos Mútua

Mark Castro – Confea