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Soea Connect: “A Engenharia capaz de fazer respirar”, palestra detalha criação de ventilador pulmonar de emergência

Luiz Fernando, no detalhe da tela, mostrando o Leven67

Com a pandemia da Covid-19, a demanda por ventiladores pulmonares aumentou de forma exponencial. Atuando nesse nicho e com a principal missão de ajudar os pacientes e os hospitais, o cientista e estudante de Engenharia Mecatrônica, Luiz Fernando da Silva Borges, desenvolveu, com o apoio de outros profissionais, o Leven67, um ventilador pulmonar de emergência.

Para falar sobre o projeto, a Mútua patrocinou palestra do pesquisador na Soea Connect. O tema integrou a programação do último dia do evento, como palestra magna do auditório principal na plataforma virtual criada para sediar e transmitir o Congresso.

“Faria tudo para estar aí com vocês”

Luiz Fernando iniciou assim suas palavras direcionadas aos participantes da Semana Oficial. E completou: “mas é o que o momento nos pede. Ainda bem que temos a Tecnologia, que nos possibilita seguir em frente e manter a saúde”.

Luiz Fernando da Silva Borges

“Vocês vão testemunhar minha paixão e minha obsessão com a tecnologia médica”, afirmou o estudante de Engenharia já apontando sua trajetória na área, que mesmo com apenas 23 anos, é bastante densa e de sucesso. Ele relatou seus estudos e seus trabalhos com próteses robóticas de membro superior que possa estabelecer uma interface cérebro-máquina e, assim, permitir que pessoas recuperem o movimento e a sensibilidade corporal.

“A Engenharia capaz de fazer respirar”

A palestra, inédita, enfocou na explicação de como a equipe chegou ao Leven67. O pesquisador falou sobre a mecânica do respirador manual tipo ambu, as iniciativas de ventiladores automáticos baseados nesse modelo e o projeto do MIT, datado de 2010 e aperfeiçoado agora, com a pandemia, que se assemelha ao seu projeto desenvolvido em Mato Grosso do Sul.

“O Leven67 nasceu das necessidades apontadas pela área médica e com um custo acessível. Além disso, ele carrega as características da respiração humana”, explicou Luiz Fernando.

Diversos especialistas estiveram envolvidos, como um médico, um engenheiro eletricista, entre outros. Entre as facilidades do Leven67 está sua composição modular, que facilita a manutenção e a troca de peças. A proposta, conforme explicou Luiz Fernando, tem como objetivo auxiliar no transporte de pacientes, principalmente de localidades periféricas, para grandes centros onde deve haver mais recursos. “O Leven67 supre o déficit que um ambu tem, que depende da ação humana. No nosso ventilador a operação é mecânica e controlada”, explicou o palestrante.

Por fim, Luiz Fernando disse que “em um momento de incertezas, a Leventronic, empresa que produz o respirador, surgiu com o intuito de gerar soluções, com a missão de salvar o maior número de vidas possíveis”.

Fonte: Gecom/Mútua

Fotos: captura de tela e divulgação