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Instituições do Sistema se solidarizam com MG após tragédia em Brumadinho

Sistema Confea/Crea e Mútua: unidade na ação em defesa da sociedade

O diretor de Benefícios da Mútua, eng. civil Jorge Silveira – representando o presidente da Instituição, eng. civil Paulo Guimarães – e, ainda, os presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia de Goiás, Paraíba e Sergipe participaram, no dia 7 de fevereiro de 2019, da sessão ordinária do Plenário do Conselho, na sede do Crea-MG, em Belo Horizonte.

Na oportunidade, as lideranças regionais manifestaram apoio aos mineiros e solidariedade às famílias dos profissionais que morreram após o rompimento da 8barragem da Mina do Feijão, ocorrido no 25 de janeiro, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Presidentes de associações de classe e sindicatos, como o Sinduscon, Sinaenco e Sindilurb, também participaram da sessão.

Jorge Silveira (primeiro a partir da direita) ao lado do presidente do Crea-PB, Antônio Carlos Aragão. e do presidente do Crea-MG, Lucio Borges

Jorge Silveira, diretor da Mútua, manifestou seu apoio à Minas Gerais e ao Brasil com o luto nacional que assolou a sociedade em virtude da tragédia de Brumadinho. O engenheiro é ex-presidente do Crea-SE e lembrou da queda de pontes em Pernambuco devido a enchentes causadas pelas chuvas fortes no Nordeste na época de sua gestão. Sabendo dos reflexos em Sergipe que o aumento do volume de água nos rios do estado vizinho podiam causar, Silveira conta que buscou o apoio e recursos no Confea para uma inspeção geral em todas as pontes do estado. Esse trabalho, feito em conjunto com o DER-SE e com o departamento de Engenharia da Universidade Federal do estado, resultou em 37 pontes interditadas em SE que, posteriormente foram recuperadas.

Com base nessa experiência, o diretor da Mútua acredita que uma atuação geral do Sistema é importante. “O Sistema pode contribuir de forma bastante significativa e com ações práticas e a Mútua também tem muito a oferecer no auxilio assistencial aos profissionais”, destacou.

O presidente do Crea-GO, eng. agr. Francisco Antônio Silva de Almeida, que também está à frente do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua, lamentou a perda de tantas vidas no maior acidente de trabalho do país.
Francisco Almeida: Essa indignação nossa, que também é do presidente do Confea, não é aceitável. Porque nós somos provedores do desenvolvimento sustentável. Então, viemos todos aqui se solidarizar com vocês.

O presidente do Crea-PB, eng. civil Antônio Carlos de Aragão, também falou aos conselheiros no plenário.
Antônio Aragão: E lhe peço, presidente, que leve a todos os mineiros, a todos os profissionais que foram afetados de alguma forma por essa tragédia, o nosso abraço.

O presidente do Crea-SE, eng. agr. Arício Resende Silva, lembrou da autoridade técnica da engenharia e disse que decisões políticas, por vezes, limitam o trabalho dos profissionais mais qualificados, numa referência a pregões que selecionam projetos mais baratos.

Arício Silva: Engenharia é uma ciência exata. Tudo é possível para a Engenharia, desde que seja pensada. E a política está limitando a atuação deste notório conhecimento técnico.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais, eng. civil Emir Cadar Filho, foi além e cobrou providências à valorização dos profissionais da área tecnológica.

Emir Cadar: Tudo na vida tem o lado bom e ruim. O ruim já falamos aqui, e fizemos um minuto de silêncio. Talvez, tudo que dissemos agora possa ser ouvido. Nós 8alertamos sobre a desvalorização do profissional da engenharia. Estamos com o Crea-MG na luta contra a lei de licitações. Ela prevê até que não haveria mais a necessidade de comprovação de ART para comprovar a capacidade do profissional, de uma empresa. Fala até em outros meios, sem citá-los. Isso desvaloriza a nossa engenharia.

O presidente do Confea, engenheiro civil Joel Krüger, também manifestou apoio às vítimas de Brumadinho e reforçou, em Minas, a necessidade de discutir alternativas e protocolos técnicos capazes de minimizar riscos sociais e ambientais, assim como as políticas de licenciamento ambiental e de segurança de barragens.

 
Fonte: Crea-MG (com inserções)
Fotos: Crea-MG